quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Inep estuda colocar matemática e redação em dias diferentes do Enem

Inep estuda colocar matemática e redação em dias diferentes do Enem
Órgão vai analisar formas para deixar exame menos cansativo.
Duas edições em 2012 podem reduzir índice de abstenção, segundo órgão.
Do G1, em São Paulo


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) afirmou que vai avaliar a queixa de muitos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que consideraram o segundo dia de provas, com linguagens, matemática e redação, muito cansativo. A prova foi realizada no domingo (23) teve até 5h30 de duração. No sábado (22), a prova reuniu conteúdos de ciências humanas e ciências da natureza.
O órgão também pode dar mais espaço no caderno de provas para o candidato fazer contas e anotações. No entanto, o Enem continuará tendo 180 questões distribuídas em quatro áreas de conhecimento (ciências humanas, ciências da natureza, matemática e linguagens e códigos). A próxima edição do exame será nos dias 28 e 29 de abril de 2012.
"Aprimorar o Enem é meta do Inep e essas questões estão sendo analisadas. Essa questão do segundo dia de prova ficar muito exaustivo está sendo avaliado por especialistas, porém a redução de questões não é compatível com a avaliação pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), que permite avaliar melhor o que o participante assimilou durante os anos de ensino e exige um maior número de questões", afirmou o Inep, em nota enviada ao G1.

O Inep considerou "positiva" toda a organização do Enem, realizado neste sábado (22) e domingo (23). Em nota enviada pela assessoria de imprensa da autarquia ligada ao Ministério da Educação, o Inep afirma acreditar que a partir de 2012, com duas edições anuais, o número de candidatos inscritos que faltam às provas caia gradativamente.

domingo, 23 de outubro de 2011

O quociente e a incógnita

 
"Às folhas tantas do livro de matemática,
um quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do ápice à base.
Uma figura ímpar olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo ortogonal, seios esferóides. Fez da sua uma vida paralela a dela até que se encontraram no infinito.
"Quem és tu?" - indagou ele com ânsia radical.
"Eu sou a soma dos quadrados dos catetos,
mas pode me chamar de hipotenusa".
E de falarem descobriram que eram o que, em aritmética,
corresponde a almas irmãs, primos entre-si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas,
curvas, círculos e linhas senoidais.
Nos jardins da quarta dimensão,
escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas
e os exegetas do universo finito.
Romperam convenções Newtonianas e Pitagóricas e, enfim,
resolveram se casar, constituir um lar mais que um lar,
uma perpendicular.
Convidaram os padrinhos:
o poliedro e a bissetriz, e fizeram os planos, equações e diagramas para o futuro,
sonhando com uma felicicdade integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos
e foram felizes até aquele dia em que tudo, afinal, vira monotonia.
Foi então que surgiu o máximo divisor comum,
frequentador de círculos concêntricos viciosos,
ofereceu-lhe,
a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, quociente percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade.
Era o triângulo tanto chamado amoroso desse problema,
ele era a fração mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser moralidade,
como, aliás, em qualquer Sociedade ..."
Millôr Fernandes 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vice-presidente da SBM fala a Veja sobre a Matemática no Brasil

O Brasil acumula alguns tristes índices de educação, especialmente na área de matemática. Os números provam isso: apenas 11% dos alunos do ensino médio concluem esse ciclo sabendo o que deveriam, de acordo com dados do movimento Todos Pela Educação. A mais recente medição apontou que o problema começa nas séries iniciais. Segundo a Prova ABC, ao fim do terceiro ano do ensino fundamental, metade das crianças não domina operações  simples de soma e subtração. No Pisa, avaliação internacional aplicada pela OCDE, os alunos brasileiros estão 241 pontos atrás dos chineses, líderes do ranking, em matemática. Para Marcelo Viana, vice-presidente da Sociedade Brasileira da Matemática (SBM), o problema é provocado principalmente pela distância – no tempo e no espaço – entre a teoria abstrata que chega à sala de aula e o mundo concreto que se vê fora da escola. "No processo de transmissão desse conhecimento pela escola, os professores optam por apresentar a disciplina de maneira abstrata, ao invés de conectá-la à realidade", diz Viana. Atualizar a matemática das escolas e aproximá-la da realidade não implica simplificação, ressalva o matemático. Basta encontrar a maneira correta de fazê-lo. "É possível explicar tudo isso a qualquer estudante." Viana conversou com nossa reportagem sobre o desafio da matemática para a série de reportagens de VEJA sobre o impacto da educação e do ensino das ciências no desenvolvimento do país. Confira a seguir a entrevista.
Por que ensinar matemática é um desafio tão grande?
A matemática é um conjunto de conhecimentos abstratos que encontram uma correspondência com o mundo concreto. Porém, no processo de transmissão desse conhecimento pela escola, os professores optam por apresentar a disciplina de maneira abstrata, ao invés de conectá-la à realidade. O modo correto de fazer com que o estudante aprecie esse conhecimento não é começar pela teoria, mas, sim, relacionando o ensinamento com o cotidiano. Só então, chega-se à abstração, que é natural da matemática.
Alguns especialistas dizem essa dificuldade de aproximar teoria e prática é devida ao fato de o ensino da matemática estar parado no tempo. O senhor concorda?
Esse é um dos fatores. Leva-se muito tempo para incorporar as inovações da matemática nos currículos escolares. Isso é, na verdade, um problema antigo. No início do século XX, houve um esforço muito grande para que fossem incorporadas as inovações do século XIX. Agora, os especialistas estão empenhados em esforço similar, ou seja, de incorporar nos currículos do século XXI as transformações do século XX. As tecnologias, os novos programas, a internet – tudo isso transformou a matemática. O Google só foi possível com a matemática do século XX.
O senhor pode dar exemplos das transformações do século XX que precisam ser incorporadas?
Sim. A matemática discreta, por exemplo, por meio da qual medimos objetos muito grandes mas finitos e que é muito utilizada na ciência da computação. Outro ponto é a teoria do caos, que tem inúmeras aplicações para resolver problemas de grande complexidade em uma velocidade grande. Existem também os algoritmos, que são regras criadas para resolver problemas complexos, como se quiséssemos organizar por ordem alfabética os nomes dos 200 milhões de brasileiros.
É possível ensinar esse tipo de conteúdo para alunos da educação básica?
Com certeza. Algumas áreas são técnicas e exigem pré-requisitos elaborados. Mas existem muitos aspectos elementares desses conteúdos – digo elementares não por serem fáceis, mas por exigirem poucos pré-requisitos. É possível explicar tudo isso a qualquer estudante.
Para isso é preciso professores capacitados, correto? Sim. A dificuldade atualmente é a capacitação do professor, que é hoje um dos grandes gargalos da educação. A capacitação inicial e continuada desse profissional ainda é muito frágil.
Como fica nosso futuro científico se falharmos na missão de aproximar a matemática das crianças e dos jovens?
O Brasil conseguiu nas últimas décadas a façanha de construir um sistema científico sem ter uma educação razoável. Nossa ciência atingiu um patamar louvável para um país sem estrutura científica. Mas não é possível seguir dessa maneira. Precisamos dar um salto quantitativo e qualitativo para nos aproximar dos países mais desenvolvidos do mundo. A única forma de conseguir isso é universalizando o acesso à ciência, permitindo que ela chegue a todos e que todos possam se apaixonar e se dedicar a ela.
Como fazer isso?
É preciso inclusão. Temos boas escolas nos país. Nossos melhores alunos são comparáveis aos melhores alunos dos melhores países. Em competições internacionais, ganhamos diversas medalhas em matemática, física e robótica, por exemplo. O problema é que nosso nível médio é ruim. Nossos alunos medianos são ruins. É esse o grande problema da educação.
O país está disposto a fazer esse investimento em ciência?
É o futuro do país que está em jogo. Se não investirmos nisso agora, não investiremos nunca mais. Está provado que é possível fazer essa revolução investindo em educação e democratização científica. A Noruega era um país em desenvolvimento até pouco tempo atrás. Graças ao investimento em educação, é uma grande nação. A Finlândia era um país em que os moradores migravam porque não havia oportunidade. Hoje, é referência em diversos campos. O Japão, idem. A China está se transformando e está investindo em ciência. Ela, um país continental como o nosso, mostra que é possível fazer isso em grande escala. Todos esses países se transformaram porque investiram.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

PROJETO DE INTERVENÇÃO



SITUAÇÃO PROBLEMA:
Como a utilização do blog pode auxiliar a aprendizagem colaborativa de Matemática no Ensino Médio?

PALAVRAS-CHAVE:
Aprendizagem colaborativa – Matemática – Ensino Médio.

OBJETIVO:
Fundamentar o ensino de Matemática no Ensino Médio com a utilização do blog na aprendizagem colaborativa.
Trocar experiências entre professores sobre o uso da Internet e da Web como ferramenta da aprendizagem colaborativa.

METODOLOGIA:
ð  Inicialmente será criado um Blog (matematicadivertida.blogspot.com), onde será disponibilizado diversos links sobre os assuntos de Matemática;
ð  Os links disponibilizados com conteúdos da disciplina são:
. Matemática Essencial;
. Só Matemática;
. Matemática para Gregos e Troianos;
. Web-Fórmulas de Matemática;
. Olimpiada Brasileira de Matemática;
. olimpíada Iberoamericana de Matemática;
. Sociedade Brasileira de Educação Matemática;
. Sociedade Brasileira de Matemática;
ð  Apresentar o Blog, em uma lista de discussão sobre Blogs Educativos;
ð  Convidar os professores de Matemática para participarem da construção do blog como elemento adicional de suporte ao processo de ensino aprendizagem dos conteúdos de Matemática.